As cirurgias do estômago são bastante variáveis em natureza e extensão, dependendo das causas que exigem este tipo de intervenção e das condições gerais do paciente.
Como observa a Dra. Aniela Barros – Cirurgiã Geral –, uma das principais indicações para a cirurgia estomacal são os tumores de estômago. Geralmente, os tumores acometem a camada mucosa de revestimento, causando lesões irregulares e com ulcerações. O tratamento cirúrgico para o câncer gástrico divide-se basicamente em dois tipos: gastrectomia parcial, caracterizada pela remoção da parte do estômago que contém o câncer, de linfonodos próximos e de tecidos que possam estar acometidos pelo tumor; e a gastrectomia total, realizada em casos de maior extensão, consistindo na retirada total do estômago. Nestes casos, normalmente o esôfago é ligado diretamente ao intestino delgado, permitindo que o paciente consiga se alimentar.
Outro exemplo de indicação cirúrgica é o das úlceras crônicas que não respondem ao tratamento medicamentoso. Neste caso, a melhor opção é um tratamento cirúrgico, normalmente realizado por videolaparoscopia, sendo um procedimento menos invasivo, mais seguro e com recuperação mais rápida.
De acordo com a Dra. Aniela, é importante salientar que, antes da realização de qualquer cirurgia gástrica, é necessário realizar uma avaliação multidisciplinar do estado clínico do paciente a fim de verificar a presença de infecções, anemia e uma boa avaliação do status nutricional. Essas medidas são fundamentais para o sucesso da operação, garantindo maior segurança ao paciente e reduzindo os riscos de complicações pós-operatórias.