Hérnias da Parede Abdominal podem ser definidas como o abaulamento de um órgão para fora da cavidade do abdômen. Podem ser ocasionadas por cirurgias prévias ou processos de formação natural, sendo acompanhadas ou não de dor.

Existem diferentes tipos de hérnia. As principais hérnias abdominais são as epigástricas, que ocorrem na linha média do abdômen, em decorrência do afastamento dos músculos retos abdominais. Outra possibilidade é a hérnia umbilical, que surge exatamente na cicatriz do umbigo. Seu desenvolvimento pode ser decorrente de um defeito congênito, de esforços intensos, da gestação ou até mesmo da obesidade. Por fim, há também a hérnia inguinal, que atinge a região da virilha, entre a coxa e a parte inferior do abdômen. Os homens apresentam maior vulnerabilidade para esse tipo de hérnia, havendo o risco de que progrida para os testículos, processo que desencadeia a hérnia inguinoescrotal.

A Dra. Aniela Barros – Cirurgiã Geral – nota que, atualmente, o tratamento para os diferentes tipos de hérnia é ainda estritamente cirúrgico. A cirurgia nesses casos tem por objetivo realocar a parte herniada para dentro da cavidade abdominal. O procedimento pode ser realizado por meio de diferentes técnicas. A técnica de cirurgia aberta normalmente é utilizada em casos de hérnias de grande volume, com ampla reconstrução da parede abdominal. Já a técnica videolaparoscópica, menos invasiva, é utilizada em casos de hérnias menores.

A Dra. Aniela observa ainda que outro fator muito importante no tratamento das hérnias é a escolha da tela, que pode ser de tecido sintético ou biológico, sendo utilizada para promover a cobertura e a proteção da região herniada, servindo de matriz para migração de fibroblastos. A escolha da tela mais adequada depende de cada situação, levando em consideração o tipo de hérnia, sua extensão, localização e o quadro clínico do paciente.